A norma ANSI/ISA-18.2, Gerenciamento de Sistemas de Alarme para Indústrias de Processo, mudou o mundo da gestão de alarmes após ser publicada pela primeira vez em 2009, com a introdução de atividades agrupadas dentro do ciclo de vida do gerenciamento de alarmes. Este ciclo de vida se tornou reconhecido mundialmente, a norma foi aprovada pelo International Electrotechnical Commission (IEC) e passou a ser amplamente utilizada em todos os setores da indústria de processo.

Com base no conhecimento adquirido após seis anos de extensiva aplicação em toda a indústria, o comitê da norma ISA18 concluiu uma versão atualizada da norma, que foi aprovada pelo American National Standards Institute como ANSI/ISA-18.2-2016. Esta revisão foi conduzida pelos co-presidentes do comitê na norma ISA18 Donald Dunn, diretor de engenharia da Divisão de Amarillo da Phillips 66, e Nicholas Sands, líder mundial de gerenciamento de alarme da DuPont.

Entre as principais mudanças na nova versão, apontam Sands e Dunn, foram os requisitos mais rigorosos para que os sistemas de controle possuam funções que apoiem as boas práticas de gestão de alarme, novos requisitos para os sistemas de embalagem, tais como compressores e sistemas de rastreamento de calor, e esclarecimentos sobre a terminologia utilizada pela norma.

O comitê da ISA18 publicou e ainda continua a gerar relatórios técnicos que orientam o uso da norma. Neste ano está prevista a publicação de três novos relatórios técnicos para a norma ISA18, que vão descrever a filosofia de alarmes, a gestão de alarmes em sistemas de embalagem, bem como a identificação e a racionalização de alarmes.

O relatório técnico, ISA-TR18.2.2-2016, está previsto para ser publicado em julho de 2016. Ele irá fornecer orientação, análise lógica e exemplos para a identificação e racionalização das etapas do ciclo de vida da ANSI/ISA-18.2, da seguinte forma:

  • Identificação: termo genérico para os diferentes métodos que podem ser usados ​​para determinar a eventual necessidade de um alarme ou mudança em um alarme. A fase de identificação é o ponto inicial do ciclo de vida do alarme para a recomendação de um alarme ou a mudança em um alarme existente. Uma vez identificado um alarme, vem a etapa de racionalização.
  • Racionalização: engloba várias atividades importantes, incluindo a justificação, a documentação, a priorização e a classificação do alarme. Na justificação, alarmes existentes ou potenciais alarmes são sistematicamente comparados com os critérios de alarmes definidos na filosofia de alarmes. Se o alarme proposto satisfaz os critérios, na sequência então são documentados o seu tipo, setpoint, motivo, consequência e ação do operador. O alarme é priorizado e classificado de acordo com a filosofia. A classificação envolve a atribuição do alarme em um grupo ou classe que definem certos requisitos administrativos. Estas atividades são muitas vezes combinadas em uma única atividade de racionalização, não precisando ser realizados em etapas separadas.

Os relatórios técnicos (identificados pela sigla ISA-TR) da ISA18 previamente publicados incluem:

  • ISA-TR18.2.3-2015, Alarm Basic Design, traz orientações sobre a implementação das práticas estabelecidas na norma ANSI/ISA-18.2. Seguindo o modelo do ciclo de vida da ANSI/ISA-18,2, o documento assume que os alarmes que são conduzidos no projeto básico de alarme tenham concluído a etapa de racionalização, onde atributos como setpoint e prioridade do alarme tenham sido definidos.
  • ISA-TR18.2.5-2012, Alarm System Monitoring, Assessment, and Auditing, fornece orientações sobre o uso da análise de sistemas de alarme tanto para a monitorização contínua como para a avaliação periódica de desempenho. Monitoramento, avaliação e auditoria são essenciais para alcançar e manter os objetivos de desempenho do sistema de alarme. Essas atividades podem identificar oportunidades de melhoria nas outras etapas do ciclo de vida, como a filosofia, a racionalização, o projeto detalhado, a implementação, a operação, a manutenção e o gerenciamento de mudanças.
  • ISA-TR18.2.4-2012, Enhanced and Advanced Alarm Methods, ajuda os usuários a avaliar quando usar métodos avançados de alarme, quais os benefícios que eles podem conseguir, e quais os desafios e os custos que se pode esperar. Pela norma ANSI/ISA-18.2, métodos avançados e aperfeiçoados de alarme vão além dos métodos e das técnicas básicas usuais ou que tenham sido inicialmente aplicadas. Embora uma melhoria significativa no funcionamento e no desempenho do sistema de alarme seja feita através dos princípios e métodos básicos de alarmes, em alguns casos, eles podem não ser suficientes para atingir as metas de desempenho e de orientação ao operador, estabelecidos na filosofia de alarme.
  • ISA-TR18.2.6-2012, Alarm Systems for Batch and Discrete Process, abrange a aplicação dos princípios de gestão de alarmes da ANSI/ISA-18.2 em processos discretos ou por bateladas. Os princípios gerais e as técnicas descritas na norma são destinados para o uso na gestão do ciclo de vida de um sistema de alarme baseado em controlador eletrônico programável e na tecnologia de interface homem-máquina baseada em computadores. Seguindo a orientação ajudará a identificar e endereçar a especificação, o projeto, a implementação e as oportunidades de gerenciamento de alarmes para processos discretos ou por bateladas. Este relatório também irá ajudar a minimizar a geração de alarmes falsos que poderiam complicar e frustrar a sensibilização, compreensão e atuação de um operador em situações anormais.

Para obter informações sobre como visualizar ou adquirir a norma ANSI/ISA-18.2-2016 e seus relatórios técnicos, visite www.isa.org/findstandards. Para informações sobre ISA18, contacte Charley Robinson, crobinson@isa.org.


Artigo traduzido por Ana Cristina Rodrigues para a ISA São Paulo Section, e republicado com permissão da ISA, Copyright © 2017, Todos os direitos reservados. Este artigo foi escrito pelo autor acima e publicado originalmente na revista InTech Online de Mai-Jun / 2016 em https://www.isa.org/intech/201606standards. A ISA não se responsabiliza por erros de tradução neste artigo.

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